domingo, 26 de fevereiro de 2017

A Fé Sem Obras É Morta

Caro leitor, como é possível constatar na postagem intitulada O Que É A Fé?, a Verdadeira Fé é crer, confiar, obedecer e ser fiel às Palavras de Jesus Cristo; pois Ele é a Palavra da Fé que foi pregada a todos. Entretanto, mesmo sendo tão notório esse fato, há quem perca tempo insistindo em ensinar uma fé morta, miserável e temporal ao invés de ir em busca do aprendizado da Fé Viva para transmitir, e maiormente viver, a Vida Espiritual. Dado que até hoje há quem diga que coisas relacionadas a esta vida temporal, de modo geral, são conquistadas através da “fé em Deus”; sendo que tudo que diz respeito a esta vida passageira (humana e material) é fruto das nossas próprias escolhas, decisões e ações, sejam estes frutos bons ou maus.

Em outras palavras, mesmo sendo tão clara a Verdade, até hoje há quem prefira ficar preso na ignorância de achar que o Poder de Deus interfere em questões temporais, seja de maneira boa ou má. E o pior é que muitos desses prisioneiros, por continuarem doentes, conduzem a própria vida humana de braços cruzados esperando vir do céu e/ou de uma outra pessoa a solução dos problemas que, na verdade, está em si próprio.

Além dessa classe de irmãos enfermos, também há aqueles que já conhecem a Fé Viva, porém, os tais confessam-Na apenas de lábios, esquecendo-se da prática acerca das Obras que evidenciam Ela.

Em resumo, a Obra de Deus – como foi dito em textos anteriores – consiste unicamente em crer/acreditar Naquele que o Pai dos espíritos enviou. E as Obras que manifestam essa Obra são justamente a vivência dos Frutos do Espírito Divino na vida cotidiana daquele que crê, recapitulando: serviço pleno de Amor, devoção não-egoísta, lealdade corajosa, equidade sincera, honestidade esclarecida, esperança imorredoura, confiança segura, ministração misericordiosa, bondade infalível, tolerância plena no perdão, paz duradoura, paciência, afabilidade, temperança, sobriedade, longanimidade, nobreza, humildade, domínio próprio, continência, etc.

Da mesma forma que a Obra Divina nunca esteve e nunca estará envolvida com assembleias solenes, rituais, cultos e práticas provenientes das religiões primitivas, evolucionárias e/ou do atual sistema religioso; as Obras que evidenciam a crença em Deus e em Sua Palavra também não estão relacionadas com realizações materiais, mas sim com as ações espirituais/psíquicas que transmitem o Evangelho Genuíno.

Desse modo, quando um indivíduo escolhe exercer a Obra do Eterno, consequentemente ele procura conhecer e aprender cada vez mais dos Ensinos do Irmão mais velho para que, através de tal aprendizado, ele possa vivenciar em seu cotidiano as Obras do Espírito da Verdade que tem como objetivo tanto enobrecer e ofertar descanso a alma do crente, quanto evidenciar a Fé Viva e o Amor ensinado por essa Fé. Por essa razão, o Enviado de Deus diz: “Tomai sobre vós o Meu jugo, e aprendei de Mim, que sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para as vossas almas. Porque o Meu jugo é suave e o Meu fardo é leve” (Mateus 11:29-30 / Jeremias 6:16).

Resumindo, mais do que um indivíduo dizer a frase: “Eu creio em Jesus Cristo”; o mais útil e proveitoso é ele procurar aprender sobre a Vida de Jesus, para que através de tal instrução ele se iguale ao Pai da Razão vivenciando, por fim, as Obras do Espírito que tem como foco estabelecer o Amor Genuíno. Afinal, o Mestre diz: “Aquele que bebe da Minha boca tornar-se-á como Eu; Eu mesmo me tornarei tal pessoa, e os mistérios lhe serão revelados” (O Evangelho de Tomé).

A falta de ciência acerca da Palavra da Verdade pode gerar dificuldades na compreensão da importância das Obras que evidenciam a Obra e Fé Viva. E para somar em conhecimento, a seguir será ofertado a leitura de Tiago 2:14-26, para que assim fique evidente o quanto a Fé, sem a vivência dos Frutos do Espírito, acaba ficando destrutivamente morta no ser.

14 - Meus irmãos, que aproveita se alguém disser que tem fé e não tiver as obras? Porventura a fé pode salvá-lo? 15 - E se o irmão ou a irmã estiverem nus, e tiverem falta de mantimento cotidiano, 16 - e algum de vós lhes disser: ‘Ide em paz, aquentai-vos e fartai-vos’; e lhes não derdes as coisas necessárias para o corpo, que proveito virá daí? 17 - Assim também a fé, se não tiver as obras, é morta em si mesma. 18 - Mas dirá alguém: ‘Tu tens a fé, e eu tenho as obras: Mostra-me a tua fé sem as tuas obras, e eu te mostrarei a minha fé pelas minhas obras’. 19 - Tu crês que há um só Deus? Fazes bem, também os demônios o creem e estremecem. 20 - Ó homem vão, queres tu saber que a fé sem as obras é morta? 21 - Porventura o nosso pai Abraão não foi justificado pelas obras quando ofereceu sobre o altar o seu filho Isaque? 22 - Bem vês que a fé cooperou com as suas obras, e que pelas obras a fé foi aperfeiçoada. 23 - E cumpriu-se a Escritura que diz: ‘E creu Abraão em Deus, e foi-lhe isso imputado como justiça, e foi chamado o amigo de Deus’. 24 - Vedes então que o homem é justificado pelas obras, e não somente pela fé. 25 - E de igual modo Raabe, a meretriz, não foi também justificada pelas obras quando recolheu os emissários e os despediu por outro caminho? 26 - Porque, assim como o corpo sem o espírito está morto, assim também a fé sem obras é morta.” (Tiago 2:14-26).

A seguir, segue uma pequena análise explanada com outros olhos acerca de cada verso partilhado, para que assim possamos crescer e somar na verdadeira Ciência acerca daquilo que foi escrito por aqueles que exerceram a Obra Divina – tendo como intuito mostrar o quanto a prática das Obras é útil tanto para quem as exerce, quanto para os demais.

“14 - Meus irmãos, que aproveita se alguém disser que tem fé e não tiver as obras? Porventura a fé pode salvá-lo?”

Como podemos ver, esse verso tem como finalidade puxar a consciência do indivíduo através de dois questionamentos. Acerca da primeira pergunta, de fato, não há serventia alguma se uma pessoa simplesmente disser que tem a Fé Viva, mas não exercer as Obras pertinentes a Ela. Ou seja, não há proveito falar que crê no Enviado de Deus e não procurar vivenciar no cotidiano os Frutos do Espírito do Pai da Verdade.

Com relação à segunda pergunta, sim, a Fé pode com certeza salvar o indivíduo; mas o manter-se a salvo é algo que depende do próprio sujeito. E isso me faz recordar da seguinte passagem: “Porque pela Graça sois salvos, por meio da Fé, e isso não vem de vós, é dom de Deus; não vem das obras, para que ninguém se glorie” (Efésios 2:8-9).

Em outras palavras, o Dom de Deus – a Graça e a Fé – é justamente o próprio Jesus Cristo, isto é, as Palavras Dele são o Presente e o Perdão que o Pai Eterno ofertou para todos, sem exceção. E essas Dádivas por si só ofertam a salvação (saúde) para a alma, espírito e psique daquele que crê; possibilitando para o mesmo a capacidade de resolver os próprios problemas espirituais e materiais. O Dom de Deus não vem das Obras, pelo contrário, são as Obras que vem Dele. Então ninguém que exerce os Frutos do Espírito deve se gloriar, afinal, tais Frutos (Obras) não é algo original do indivíduo, mas sim do Espírito que nos foi dado gratuitamente pelo Pai dos espíritos.

Portanto, se engana quem pensa que adquire a salvação vivendo uma vida na retidão, pois na Verdade só vive uma vida de retidão quem já foi e mantem-se a salvo, pois o Mestre diz: “A salvação é uma dádiva de Deus, e a retidão é o fruto natural da vida que nasce da filiação ao Reino. Não sereis salvos porque viveis uma vida na retidão; antes deveis viver uma vida na retidão porque já fostes salvos, porque reconhecestes a filiação como uma dádiva de Deus e o serviço no Reino como a suprema delícia da vida na Terra. Quando os homens acreditam neste Evangelho, que é uma revelação da bondade de Deus, eles se conduzirão voluntariamente ao arrependimento de todos os pecados conhecidos. A compreensão da filiação é incompatível com o desejo de pecar. Os crentes do Reino têm fome de retidão e sede da perfeição Divina” (Urântia – Doc. 150: Seção 5).

Com efeito: “Aquele que diz que está Nele, também deve andar como Ele andou” (I João 2:6).

“15 - E se o irmão ou a irmã estiverem nus, e tiverem falta de mantimento cotidiano, 16 - e algum de vós lhes disser: ‘Ide em paz, aquentai-vos e fartai-vos’; e lhes não derdes as coisas necessárias para o corpo, que proveito virá daí? 17 - Assim também a fé, se não tiver as obras, é morta em si mesma.”

A percepção literária com relação aos livros considerados sagrados faz com que bastante gente pense que determinadas atitudes acerca desta vida humana sejam uma demonstração de Fé (crença, fidelidade, confiança e obediência nas Palavras de Jesus Cristo). Por esse motivo até hoje há quem acredite que ofertar, por exemplo, alguma vestimenta e/ou alimento físico para o corpo humano de alguém é algo relacionado as Obras que de fato evidenciam a Fé Viva. Contudo, para a surpresa de uns e tristeza de outros, tais práticas são nada mais nada menos do que atos humanitários. E não são essas obras que demonstram que um ser tem Fé, afinal, até mesmo um ateu, por exemplo – se é um bom cidadão com uma boa condição física, psicológica e/ou financeira – exerce, se quiser, ações filantrópicas.

 Dessarte, qualquer cidadão que se preze – independente se crê ou não em Deus e que tenha condições psicológicas, físicas e/ou financeiras – pode, se quiser, ajudar alguém próximo que esteja com falta de alimento e vestimenta física.

Ora, existem bilhões de seres humanos que estão vestidos fisicamente, mas espiritualmente estão nus já que não se encontram cobertos com o testemunho de Cristo Jesus – a Armadura de Deus.

Igualmente, há milhares de seres humanos que possuem alimentos e bebidas que saciam temporariamente a fome e sede física, mas espiritualmente estão famintos e sedentos do Pão e Água da Vida – o Alimento e Bebida que transcende o material já que oferta um bem-estar eternal.

Aliás, muitos saem por aí ofertando alimento e vestimenta material para diminuir a privação do corpo humano alheio, mas infelizmente eles não suprem a deficiência do Corpo Espiritual desse mesmo semelhante. E sabe por quê? Porque ninguém pode dar aquilo que ainda não tem aflorado em si. Por essa razão, até hoje é dado auxílios que não ensinam o próximo a tornar-se independente, resolver os próprios problemas, melhorar honestamente o estado da própria vida, etc.

Ou seja, muitos se reúnem para sanar as necessidades alheias, se esquecendo de orientar o próximo a trabalhar para tratar das próprias carências. Porque tanto espiritualmente, quanto humanamente, a maior ajuda que alguém pode ofertar para o outro não consiste no dar o peixe em si, mas sim a ensinar o semelhante a pescar, para que ninguém se torne tanto dependente de outrem, quanto um peso na vida alheia.

Não estou dizendo que é errado ou então que as pessoas não devam ajudar, humanamente, uns aos outros – até porque cada um que deve saber com consciência o que faz e o porquê faz; pois apesar do corpo humano aparentar algumas precisões, ainda assim nada é o que realmente parece. Em outros termos, o que estou querendo dizer é que nenhuma oferta material é o que expressa a Fé Viva. Assim como nada do que fazemos acerca desta vida humana interfere na Pessoa de Deus e/ou manifesta o Poder Dele. E isso me faz recordar da seguinte passagem: “Se você pecar, em que isso afetará Deus? Mesmo que peque repetidamente, que efeito terá sobre Ele? Se você for justo, isso será um grande presente para Ele? O que você tem para Lhe dar? Seus pecados só afetam gente como você; suas boas ações só afetam outros humanos” (Jó 35:6-8).

Em resumo, acerca desta vida temporal, tudo que fazemos – seja bom ou mau – não atinge, interfere ou enaltece Deus, porque Ele é Espírito. Porém, tudo que realizamos interfere tanto em nós mesmos quanto em outro ser vivo. Em vista disso, lembro desta oração: “A nós, cabe unicamente fazer o que é bom; não para merecermos o céu, mas para tornar suportável o convívio na Terra”.

Embora as realizações humanas não atinjam, interfiram ou enalteçam o Altíssimo, ainda assim – por nos amar tanto e querer o bem-estar e união de Seus filhos – o Pai da Verdade sempre manifesta Seus conselhos, pois um bom pai não sente prazer no sofrimento de um filho. Logo, o Pai oferta ensinos que tem como fito ensinar o indivíduo a viver com juízo, para que assim ele não seja iludido pelas próprias concupiscências carnais e/ou tendências naturais do corpo humano. Todavia, a prole tem o livre-arbítrio de decidir se quer ou não viver uma vida sofrida; de escolher se segue ou não a Palavra Divina.

Portanto, na verdade, quando é dito: “Se o irmão ou a irmã estiverem nus, e tiverem falta de mantimento cotidiano, e algum de vós lhes disser: ‘Ide em paz, aquentai-vos e fartai-vos’; e lhes não derdes as coisas necessárias para o corpo, que proveito virá daí?”; isso significa que se algum humano não estiver vestido com a Armadura Divina e não tiver consigo o Alimento cotidiano que é suficiente a todos, a saber, a Graça de Deus, boa coisa é que aqueles que já se encontram saudáveis (salvos) doem tais Itens ao semelhante carente. Pois não haverá proveito algum em dizer para o próximo seguir sua trajetória em paz, aquentando-se e fartando-se sendo que não foi dividido com ele os Elementos que fazem uma alma ter a Paz que aquece e farta a alma e psique do ser. Por isso o Mestre diz: “E quando entrares em alguma casa, saudai-a; e se a casa for digna desça sobre ela a vossa paz, mas se não for digna torne para vós a vossa paz” (Mateus 10:12-13).

Em outros termos, ao orarmos (conversarmos) com algum semelhante – principalmente se o mesmo carece de vestimenta e alimento espiritual – boa coisa é que o saudemos, isto é, que o auxiliemos no encontro com a Verdade. Se este próximo for digno/hospitaleiro e um bom ouvinte, ele recebe em sua psique as Palavras que o orador doa que são capazes de ensinar um ser a viver uma vida em Equilíbrio e Entendimento (Paz).

Porém, se o irmão a qual o orador conversa não é um bom ouvinte e muito menos hospitaleiro, aquilo que o orador oferece não repousa sobre ele; ficando, por conseguinte, somente consigo mesmo. Então o Entendimento/Equilíbrio outorgado continua/permanece com aquele que o doou.

Por outro lado, se um indivíduo diz ter a Fé – se ele diz crer, ser fiel, confiante e obediente aos Ensinos do Mestre, mas diante de uma ocasião ele deixa de exercer com o próximo os Frutos do Espírito (Obras), então a Fé nesse sujeito não está viva, mas sim morta. E boa coisa é que esse humano ressuscite em si essa Fé, pois o que realmente importa e tem virtude “é a Fé que opera pelo Amor” (Gálatas 5:6).

“18 - Mas dirá alguém: ‘Tu tens a fé, e eu tenho as obras: Mostra-me a tua fé sem as tuas obras, e eu te mostrarei a minha fé pelas minhas obras’.”

Seguindo a linha de raciocínio dos versos anteriores, o verso em questão tem como fito mostrar para o indivíduo que a melhor forma de se demonstrar que tem Fé é vivenciando as Obras que evidenciam Ela. Por exemplo: o elemento A diz acreditar, ser fiel, confiante e obediente as Palavras de Jesus Cristo; porém, ele apenas diz isso, pois ele não vive o que fala. Por outro lado, o elemento B não diz nada, mas vive em seu cotidiano os Frutos do Espírito do Pai da Verdade, e é justamente essa prática que faz com que a Fé se torne cada vez mais evidenciada e vivificada no dia-a-dia desse indivíduo.

Neste Plano Terrestre a qual nos encontramos somos todos irmãos, logo, somos todos filhos de Deus. No entanto, há irmãos que ao invés de falar e viver a Fé Viva que é Espiritual, falam e vivem a fé miserável e morta que é a material. E aqueles que falam e vivem essa fé distorcem tanto a Obra de Deus quanto as Obras que corroboram com essa Obra, afinal, os tais pensam que as Práticas é o ato de levar, por exemplo e carnalmente falando, uma cesta básica e/ou uma peça de roupa para alguém – sendo que isso é uma ação humanitária de qualquer bom cidadão que tenha condições para tal feito, independente se ele crê ou não em Deus.

Similarmente, há diversas pessoas que pensam que as Ações associadas a Fé Viva é o ato de doar algum valor monetário para alguém e/ou para alguma instituição, seja ela religiosa ou não. Sendo que tudo isso não passa de atuações interesseiras, mercenárias e/ou de uma grande moeda de troca já que os que isso fazem esperam receber alguma recompensa: seja fama, elogios, mérito ou até mesmo um “muito obrigado” e/ou um “deus te abençoe”.

Outrossim, muitos pensam que as Obras que evidenciam a Fé Viva são coisas relacionadas a milagres, sinais e/ou prodígios materiais. Assim como pensam que Jesus Cristo é o curandeiro e protetor de corpos humanos; sendo que nada dessas coisas faz com que um ser entre no Reino Espiritual – ressaltando que é justamente o Evangelho do Reino que o Enviado de Deus veio anunciar. E como diz o próprio Mensageiro: “Não conseguistes ver que operar milagres e efetuar prodígios materiais não é o que conquistará almas para o Reino Espiritual? O Reino do Pai não pode ser construído sobre a realização de prodígios e de curas físicas. Estou na Terra somente para confortar as mentes, libertar os espíritos e salvar as almas dos homens” (Urântia – Doc. 152: Seção 5; Doc. 145: Seção 5; Doc. 140: Seção 6).

Também há irmãos que falam da Fé Viva, porém, eles se esquecem de viver os Frutos do Espírito provenientes Dela. Por essa razão, a Fé que deveria estar viva, está morta no ser.

Em outras palavras, a Fé em si não morre, afinal, Ela é o próprio Jesus Cristo e Ele é Eterno. Desse modo, quando a Fé de um humano é morta, isso significa que o Espírito residente está morto dentro desse indivíduo. Como resultado, o ser não consegue manifestar com perfeição os Frutos do Espírito que evidenciam os Ensinos do Pai da Razão. E para esse tipo de sujeito há, um pequeno alerta na passagem de Apocalipse 3:1-3, que diz: “E ao anjo da igreja que está em Sardo escreve: Isto diz o que tem os sete Espíritos de Deus e as sete estrelas: Eu sei as tuas obras, que tens nome de que vives e estás morto. Sê vigilante, e confirma os restantes que estavam para morrer; porque não achei as tuas obras perfeitas diante de Deus. Lembra-te, pois, do que tens recebido e ouvido, e guarda-o, e arrepende-te. E se não vigiares, virei sobre ti como um ladrão, e não saberás a que hora sobre ti virei”.

Enfim, muitos dizem crer em Deus e em Jesus Cristo, assim como afirmam por aí que tem Fé, mas nem tudo que reluz é ouro. Do mesmo modo que nem tudo que é falado e até mesmo exposto nesta travessia humana é de fato Verdade. Igualmente, nem tudo que é dito é de fato vivido. Portanto, acerca da Fé, muitos falarão Dela sem vive-La. E outros manifestarão Ela ao praticar os Frutos do Espírito do Eterno. E bem-aventurados aqueles que ouvem (entendem) e praticam a Verdade!

“19 - Tu crês que há um só Deus? Fazes bem, também os demônios o creem e estremecem.”

Certamente, o fato de um indivíduo dizer que acredita em Deus não quer dizer nada, afinal, até os demônios creem na existência Dele e estremecem. Sendo assim, mais do que um filho reconhecer que tem Deus como Pai e/ou acreditar na existência Dele, é muito mais útil e proveitoso este conhecer o Caráter do Progenitor, para que assim ele possa ser um representante do Pai aqui nesta Esfera, da mesma maneira que Jesus Cristo – o Irmão mais velho – foi, é e sempre será.

“Portanto, como filhos amados de Deus, imitem-No em tudo que fizerem. Vivam em Amor, seguindo o exemplo de Cristo, que nos amou e se entregou por nós como oferta e sacrifício de aroma agradável a Deus. Tenham a mesma atitude demonstrada por Cristo Jesus que, embora sendo Deus, não considerou que ser igual a Deus fosse algo a que devesse se apegar; em vez disso, esvaziou-se a si mesmo, assumiu a posição de servo e nasceu como ser humano; quando veio em forma humana humilhou-se e foi obediente até a morte, e morte de cruz” (Efésios 5:1-2 / Filipenses 2:6-8).

“20 - Ó homem vão, queres tu saber que a fé sem as obras é morta? 21 - Porventura o nosso pai Abraão não foi justificado pelas obras, quando ofereceu sobre o altar o seu filho Isaque? 22 - Bem vês que a fé cooperou com as suas obras, e que pelas obras a fé foi aperfeiçoada. 23 - E cumpriu-se a Escritura que diz: ‘E creu Abraão em Deus, e foi-lhe isso imputado como justiça, e foi chamado o amigo de Deus’. 24 - Vedes então que o homem é justificado pelas obras, e não somente pela fé.”

Com relação a tais versos, muitos – devido à venda que possuem nos olhos – ao se depararem com as ideias do Tanakh (Antigo Testamento incluso na “Bíblia Sagrada”), entendem tudo ao pé da letra, isto é, compreendem tudo de maneira literal[2], carnal e/ou física. E é justamente por causa dessas errôneas interpretações que até hoje tanto o Caráter de Deus é deturpado, quanto há quem faça mal para o semelhante alegando estar “cumprindo a vontade de Deus”.

De antemão, é interessante você saber que o trecho que relata Abraão oferecendo seu filho Isaque como holocausto à Deus se encontra na passagem de Gênesis 22, então está em um dos livros que fazem parte da Lei/Torá/Pentateuco. E como é possível constatar em diversas postagens contidas neste blog, os livros da Torá – assim como outros escritos que compõe o Tanakh – testificam, parabolicamente, da Vida de Jesus. E não é diferente acerca do trecho de Abraão ofertando Isaque como holocausto. Porém, a compreensão literária acerca da Torá dificulta um bom aprendizado.

Em termos mais abrangentes, o fragmento de Gênesis 22:1 diz: “Deus tentou a Abraão”. Mas o trecho de Tiago 1:13 adverte: “Ninguém sendo tentado diga: ‘De Deus sou tentado’; porque Deus não pode ser tentado pelo mal e a ninguém tenta”. Ou seja, se formos analisar literalmente o conteúdo dos livros considerados sagrados – em especial o Tanakh – claramente veremos que não há lógica alguma naquilo que foi escrito, já que há muitas contradições acerca de diversas passagens! E com relação a esta questão de Abraão – se formos estudar ao pé da letra – claro está que é surreal um Deus que é Espírito e a favor do Amor querer que alguém ofereça um sacrifício humano que, ainda por cima, está intimamente ligado a um homicídio. Por outro lado, analisando com outros olhos esta questão, com certeza é possível obter alguma edificação, e é algo que edifique que quero ofertar.

Em primeiro lugar, é interessante você compreender que Deus fala através de alegorias/parábolas[3]. E uma parábola é nada mais nada menos do que uma comparação desenvolvida em uma história curta cujos elementos são eventos e fatos da vida cotidiana a fim de ilustrar uma verdade moral ou espiritual. Como Deus é Espírito e Pai dos espíritos, então todas as Suas alegorias têm como fito expor um sentido moral e maiormente espiritual. Logo, o trecho de Gênesis 22, assim como tantos outros, é uma parábola que tem como fito ilustrar a Verdade moral e espiritual que tem por nome Jesus Cristo.

Em segundo lugar, falando um pouco sobre Gênesis 22 com outros olhos, de maneira bem simples e resumida, Abraão – que significa “pai de uma grande multidão” – tinha a Fé dentro de si, afinal, ele creu[4] em Cristo e rejubilou-se muito ao vê-Lo. Então ele tinha consigo tanto a Fé quanto a Obra Divina. E um dos Frutos do Espírito é justamente a Fé – Fidelidade. Dessa forma, Abraão, por ser fiel ao Pai da Verdade, não titubeou quando foi proposto a ele entregar Isaque, o filho da promessa, como um sacrifício a Deus.

Em outras palavras, no campo espiritual a palavra “filho (s)” tem sentido de “palavra (s) gerada (s)”; o nome Isaque significa “sorriso, ele riu” ou “aquele a quem Deus sorri” e a palavra “sorrir” quer dizer “beneficiar, auxiliar, ajudar, etc.”. Ou seja, Abraão não titubeou ao ofertar suas palavras que testificam da Promessa de Deus que auxilia a todos, a saber, a Vida Eterna.

Todavia, na hora de exercer o sacrifício que é “o fruto dos lábios que confessam o Nome/Palavra de Deus” (Hebreus 13:12-15), um carneiro havia aparecido para ser imolado no lugar de Isaque, e este ilustra perfeitamente o sacrifício de Cristo Jesus, afinal, Ele é o Carneiro/Cordeiro sacrificado (consagrado; dedicado) que liberta[5] da ignorância, pecado e mentira o humano que Nele crê; pois Ele é a Promessa e Presente de Deus ofertado para todos.

Em vista disso, através da parábola expressada na passagem de Gênesis 22, é possível aprender o seguinte:

1. Aquele que exerce a Obra de Deus não precisa se preocupar com o que falar e como falar, pois o Espírito do Pai da Verdade – por conhecer tudo e todos – sabe como e quando se revelar. Basta confiar Nele para que assim o Cordeiro se manifeste[6] no lugar do vaso em questão.

2. Mais uma vez é possível comprovar que a Lei contida no Tanakh[7] testifica da Vida de Jesus – atesta de Cristo. E para a alegria de uns, surpresa de muitos e sorte de todos: Cristo está desde o início ofertando auxilio para todos que querem ser salvos! E, na verdade, todos aqueles que dão ouvidos para Sua Voz não são confundidos! Portanto, entre dar ouvidos para uma grande multidão, é preferível dar ouvidos para a Voz do Pai que originou o espírito que habita dentro de cada um da multidão, pois a Voz desse Pai é a Palavra da Verdade.

Outra coisa interessante para se abordar é que foi deixado claro que a atitude de Abraão fez com que ele fosse chamado de “amigo de Deus”, e sabe por quê? Porque ele fez o que o Senhor mandou. E a Palavra do Senhor decreta: “O Meu Mandamento é este: Que vos ameis uns aos outros como Eu vos amei. Ninguém tem maior amor do que este: de dar alguém a sua vida pelos seus amigos. Vós sereis meus amigos se fizerdes o que Eu vos mando. Já vos não chamarei mais servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor, mas tenho-vos chamado amigos, porque tudo quanto ouvi de Meu Pai vos tenho feito conhecer” (João 15:12-15).

Portanto, claro está que todos aqueles que exercem a Obra Divina, Fé Viva e as Obras (vivência), os tais também são chamados de amigos de Deus; passando, por conseguinte, a conhecer tudo que abrange o Reino/Vontade do Pai da Verdade, discernindo tudo e de ninguém sendo discernidos.

 “25 - E de igual modo Raabe, a meretriz, não foi também justificada pelas obras quando recolheu os emissários, e os despediu por outro caminho?”

Da mesma maneira que a passagem de Gênesis 22 é uma parábola, o trecho de Josué 2 que fala sobre Raabe também é uma alegoria. E analisando tal trecho de maneira espiritual, pode se dizer, resumidamente, que Raabe (que significa “grande pela Fé”), mesmo sendo uma prostituta ainda assim exerceu a Obra ao admitir que: “Deus é Deus em cima nos céus e embaixo da terra” (vide Josué 2:11). Ou seja, apesar de ser uma meretriz, ela declarou aos emissários a Soberania de Deus. E junto com a Obra ela exerceu as Obras que mostram a Fé ao executar a hospitalidade e humildade.

À vista disso, sem intentar mal a respeito dos emissários, Raabe[8] os acolheu, isto é, ela deu ouvido para suas palavras. E isso lhe foi imputado como beneficência, não perecendo, por conseguinte, com os incrédulos. Pois quando uma alma crê no Evangelho, consequentemente ela entra em uma nova conduta de vida e passa a despir-se dos hábitos destrutivos que seguiam o velho homem, já que ela aspira tornar-se igual ao Pai Genuíno no sentido de viver Seu Amor.

  “26 - Porque, assim como o corpo sem o espírito está morto, assim também a fé sem obras é morta.”

Com relação a esse último verso, levando em consideração todos os versos anteriores, uma coisa é fato: um corpo que ainda não está com o Espírito residente despertado não está vivendo a Vida, pois, na Verdade, se encontra morto. Em consequência, este é apenas mais uma árvore que anda sem ofertar um fruto sequer.

Na mesma proporção, um indivíduo que diz acreditar na existência do Deus Invisível, mas que não exerce em seu cotidiano os Frutos pertinentes ao Espírito Dele, é um humano que está com sua Fé morta; necessitando, desse modo, passar pela ressurreição para que assim possa viver uma Nova Vida em novidade de Espírito/Razão.

Enfim, mediante tudo que foi ofertado, é possível entender o seguinte:

1º: Não basta um indivíduo simplesmente acreditar na existência de Deus, considerar Ele como um Pai ou então falar apenas de lábios que Ele é tudo. Assim como não adianta nada crer na existência de Jesus Cristo, falar que Ele é o Caminho, a Verdade e a Vida sem trilhar essa Direção, viver essa Realidade e manter-se em comunhão com esse Espírito. Logo, não adianta nada um ser reconhecer o Mestre sem colocar em prática o Mandamento Dele.

2º: Obedecer a Lei Divina – viver as Obras que evidenciam a Fé Viva – não tem nada em comum com a prática de ações humanitárias, filantrópicas e/ou materiais; pois esses atos qualquer humano que quiser e tiver condições para tais feitos exerce, independente se ele crê ou não no Verdadeiro Deus. Desse modo, associar os Frutos (Obras) da Fé Viva com as obras e/ou reformas sociais que tem como fito o bem-estar humano/material de um ser, é um erro! Pois aquilo que é humano, é inerente da sabedoria humana. E aquilo que é Espiritual, é característico da Sabedoria Celestial. Portanto, “dai a César as coisas materiais e a Deus as espirituais”, mas não misture/confunda as coisas!

Resumindo, acerca de tudo que foi explanado, conclui-se que a melhor forma de um filho demonstrar amor e respeito – tanto pelo Pai quanto pelos irmãos – é algo que consiste não apenas em palavras, mas sim na obediência acerca da Vontade e Doutrina Divina – até porque é possível um humano revelar a Fé Viva pelas Obras praticadas. Quer dizer que através da vivencia dos Frutos do Espírito da Verdade automaticamente o ser evidencia o Evangelho, demonstrando sua Fidelidade ao Eterno muitas vezes sem emitir uma só palavra.

💡 “Não é gritando para o mundo afora dizendo que mudou que você demonstra sua melhora e evolução. Assim como não é frequentando religiões/instituições religiosas criadas por homens ou cantarolando ao som de instrumentos músicos que você demonstra que louva, cultua ou tem Fé no Criador. Pois a força da mudança não está nas palavras, mas sim na vivência dos Frutos do Espírito Divino. Portanto, ame seu próximo incluindo a si mesmo como Cristo Jesus nos amou e com certeza sua Fé não será morta.”





[2] II Coríntios 3.

[3] Mateus 13:34-35; Salmos 78:1-2.

[4] Gênesis 14:18-19; Hebreus 7:1-3; João 8:56-58.

[5] João 1:29; I João 3:8-9.

[6] Colossenses 3:1-4; Mateus 10:20.

[7] Leia as seguintes passagens para comprovar que a Torá, assim como outros escritos, testifica do Mestre: Gênesis 22:6 e João 19:17Gênesis 22:13 e João 3:16; I João 4:9; Romanos 8:32.

[8] Hebreus 11:30-31.

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OBS 1: O texto repartido nesta postagem foi extraído do seguinte livro: "De Encontro Com A Verdade Genuína", página 153 à 171. Para mais informações sobre esse livro, leia a seguinte postagem: DIVULGANDO UM LIVRO.

OBS 2: A fim de agregar mais conhecimento, sugiro a leitura das postagens abaixo:


















👉 O Evangelho 

👉 O Trabalho 

👉 A Estrada 






👉 A Mudança 




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3 comentários:

  1. MARAVILHOSO, onde Além dos frutos do Espírito serem: caridade/amor fraterno, gozo, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança, paciência, generosidade, humildade, abstinência e domínio de si mesmo/auto-domínio (Gálatas 5), a VERDADEIRA SABEDORIA QUE PROVÉM DE DEUS SEGUE DE CONFORMIDADE COM OS FRUTOS DO ESPÍRITO (Tiago 3:13 ao 18), onde logo, todos quanto foram Batizados por Cristo e tem já dentro de si o Espirito Santo de Deus, estão/são aptos/capacitados á discernir tanto o bem/Verdade quanto o mal/mentira (I Corintios 2:13 ao 16/ Hebreus 5:11 ao 14).
    E quem fala pelo Espírito de Deus/Espírito da Verdade, de forma inteligível, fala apenas para/no espírito e vida, fala apenas palavras pertinentes á Vida Eterna, como Cristo, pois o mandamento que Cristo recebeu do Pai foi falar para/de Vida Eterna (João 12:49-50), e está é a promessa que Ele nos fez: Vida Eterna (I João 2:25 ao 27).
    Deus abençoe irmã por repartir tão Glorioso Pão/João 6:35, e prossigamos firmes com Cristo em Deus (II Timóteo 3:15 ao 17).

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    1. Amém irmã!

      Que Deus nos dê forças para permanecermos No Caminho, Verdade e Vida (João 14:6)!!!

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  2. MARAVILHOSO, onde Além dos frutos do Espírito serem: caridade/amor fraterno, gozo, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança, paciência, generosidade, humildade, abstinência e domínio de si mesmo/auto-domínio (Gálatas 5), a VERDADEIRA SABEDORIA QUE PROVÉM DE DEUS SEGUE DE CONFORMIDADE COM OS FRUTOS DO ESPÍRITO (Tiago 3:13 ao 18), onde logo, todos quanto foram Batizados por Cristo e tem já dentro de si o Espirito Santo de Deus, estão/são aptos/capacitados á discernir tanto o bem/Verdade quanto o mal/mentira (I Corintios 2:13 ao 16/ Hebreus 5:11 ao 14).
    E quem fala pelo Espírito de Deus/Espírito da Verdade, de forma inteligível, fala apenas para/no espírito e vida, fala apenas palavras pertinentes á Vida Eterna, como Cristo, pois o mandamento que Cristo recebeu do Pai foi falar para/de Vida Eterna (João 12:49-50), e está é a promessa que Ele nos fez: Vida Eterna (I João 2:25 ao 27).
    Deus abençoe irmã por repartir tão Glorioso Pão/João 6:35, e prossigamos firmes com Cristo em Deus (II Timóteo 3:15 ao 17).

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