segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

Conduzindo a Própria Vida...

Caro leitor, a cada dia que passa, conforme o indivíduo crente em Deus e em Sua Palavra Jesus Cristo cresce e abunda no Conhecimento do Eterno, o mesmo desfruta da boa, agradável e perfeita Vontade Divina em seu dia-a-dia, já que através do despertar do Espírito residente ele passa a fazer a travessia neste Plano Terreno com o pensamento conectado nas coisas do Alto, onde Cristo está assentado à destra do Pai Universal. E quanto mais uma alma está congregada com o Reino dos Céus, mais ela compreende, sente e vive o Fundamento do Amor a qual o Pai demonstrou por todos nós. Por fim, o resultado é uma alma que conduz a própria vida praticante da Verdadeira Religião que de fato nos mantém religados e reconciliados com o Grande Paizão!

 Em outras palavras, quanto mais uma alma cresce no aprendizado acerca do Caráter do Pai da Verdade, mais ela aprende a conduzir seu barco com coragem, auto respeito, convicção, altruísmo e bom ânimo até chegar em seu destino, a saber, a Ilha do Paraíso. Mas até o ser chegar literalmente nesse Destino, graças a vivência da Religião Genuína ele consegue navegar em meio ao mar de gente com equilíbrio, discernimento, autocontrole e respeito mútuo – sem se enlaçar e/ou embaraçar com as coisas deste mundo passageiro.

Todavia, mesmo sendo tão óbvio o fato de cada um de nós ser o templo de Deus – que o Espírito do Pai habita dentro de nós aguardando ser despertado por aqueles que O possuem, para que assim Ele possa manifestar Seus Frutos saborosos que tem como fito auxiliar o crente a vivenciar a Fraternidade – até hoje existem pessoas que ficam confusas, por exemplo, quando leem e/ou ouvem algo contido em algum livro considerado sagrado. E isso ocorre justamente porque muitos ainda não leem (decifram) e muito menos ouvem (entendem) as coisas com os Olhos e Ouvidos do Espírito proveniente do Pai-Eterno. Por isso que até hoje há tantas calamidades ocorrendo nesta Esfera Terrena, afinal, quando um indivíduo ainda não enxerga e/ou ouve com o Espírito aquilo que chega até si, o mesmo acaba complicando algo que na verdade é simples, tendo como resultado porfias, violência, desrespeito, imoralidades, maus pensamentos, leviandade e afins.

Em relação aos livros considerados sagrados, devido a ignorância que muitos ainda possuem consigo, ao invés de determinados irmãos estarem semeando algo que edifique moralmente, intelectualmente e maiormente espiritualmente – tanto a si mesmo quanto o semelhante – os tais fazem justamente o contrário ao se dedicar no plantio de coisas que apenas promovem as obras destrutivas[1] da carne, tais como: luxúria, libertinagem, uso de entorpecentes, brigas, feitiçaria, inveja, idolatria, impureza, divisões, etc.

Como se não bastasse essas coisas ruins e supersticiosas serem semeadas, devido a nescidade instalada no coração de muitos sujeitos, estes só sabem semear coisas que tire a responsabilidade do indivíduo acerca dos próprios atos cometidos: o que é algo grave, posto que cada um de nós é responsável por si mesmo. E ainda que haja por aí as potestades malignas do ar semeando coisas destrutivas na mente de todos nós, ainda assim está na gente escolher se exercemos ou não aquilo que se apresenta. Por essa razão, não adianta um humano conduzir sua vida colocando a culpa de seus atos errôneos em nada e ninguém, inclusive no Diabo; pois na realidade quem decide o que pratica ou deixa de colocar em prática é a própria pessoa. Logo, somos nós que respondemos – a partir da nossa maioridade e conforme a lucidez que temos – por aquilo que fazemos, seja bom ou mau.

 A propósito, como diz o Irmão mais velho: “Quantas vezes, após haverdes feito o mal, vós pensastes em atribuir os vossos atos à influência do maligno, quando, na realidade, fostes levados pelas vossas próprias tendências naturais? E o profeta Jeremias não vos disse, há muito tempo, que o coração humano engana, acima de todas as coisas, e que é, algumas vezes, até mesmo desesperadamente perverso? Quão fácil para vós é que sejais enganados e que por isso caiais em medos tolos, em concupiscências diversas, nos prazeres escravizantes, da malícia, da inveja e mesmo do ódio vingativo!” (Urântia – Doc. 143: Seção 2).

Além das Palavras do Mestre deixarem claro que os feitos relacionados a esta travessia humana – sejam eles bons ou maus – serem decorrentes da nossa própria tendência natural; também está claro que o coração humano, isto é, a mente humana é enganosa, podendo ser até mesmo perversa.

Em outros termos, metaforicamente falando, a mente humana é como se fosse um cavalo. Para um cavalo caminhar com entendimento é preciso colocar freios em sua boca, caso o contrário ele agirá somente por impulso. Quando um indivíduo age por impulso ele é capaz de cair, ser enganado e/ou iludido tanto pelas próprias concupiscências, quanto por diversos fatores presentes neste Plano. E muitos desses fatores, além de serem nocivos para aquele que o exerce, também podem ser prejudiciais para outros seres, resultando, por conseguinte, em uma transgressão acerca do Amor Fraterno.

Por outro lado, quando uma alma exerce a Obra de Deus, ela entra em uma nova conduta de vida e passa a ser conduzida por um novo coração, por uma nova mente, a saber, a Mente de Cristo. E essa Mente extraordinária faz com que o indivíduo que A possui exerça um bom discernimento acerca de tudo que se faz presente no cotidiano; adquirindo, dessa forma, a perícia para decidir o que faz e o porquê faz com consciência.

Então, quando uma pessoa verdadeiramente crê Naquele que o Pai dos espíritos enviou, a mesma – por se ater no Exemplo do Irmão mais velho – aprende a colocar freios em seu cavalo (mente humana), para que assim sua vida possa ser conduzida livre de ações destrutivas que degradam a moral, o caráter e a alma. E tudo isso me lembra dos seguintes trechos: “Não seja como o cavalo, nem como a mula que não tem entendimento, cuja boca precisa de cabresto e freio para que se não atirem a ti” (Salmos 32:9). “Ora, nós pomos freios nas bocas dos cavalos para que nos obedeçam; e conseguimos dirigir todo o seu corpo” (Tiago 3:3).

Todavia, mesmo sendo clara determinadas coisas, em especial essa questão de que nós somos os responsáveis por si mesmos; devido a diversos bordões infelizes que pairam por aí, se um ato considerado maléfico ocorre – humanamente falando – pessoas culpam o Diabo e se bobear até se atrevem a colocar a culpa em Deus. Assim como se algo considerado bom ocorre, humanamente falando, pessoas delegam tal feito à Deus como se Ele tivesse exercido o tal. Mas ao contrário do que essas miseráveis palavras manifestam, não é bem assim que as coisas funcionam quando a obra exercida é algo relacionado a esta travessia humana.

Em outras palavras, cada um de nós é uma alma vestida com uma roupa humana carregando dentro de si a Semente Divina. E cada qual recebe constantemente diversas mensagens na própria casa (mente; pensamento), sejam elas vindas do Pai das Luzes ou então do pai da mentira (Diabo). Porém, o fato de recebermos essas vozes em nossa psique não significa que somos fantoches de Deus e muito menos do Diabo, afinal, somos nós que escolhemos quais palavras vamos colocar em ação. Assim, o fato de alguma coisa se fazer presente em nossa mente não significa que só porque esse algo passou e/ou está passando nela devemos simplesmente ir lá e exercê-lo sem nem ao menos ter examinado a finalidade, importância e consequência do mesmo. Melhor dizendo, pôr em prática um pensamento, sem antes analisa-lo, é um ato de tolice.

Agora, para que fique claro que somos nós os responsáveis pelos nossos atos, analise o seguinte exemplo:

Imagine que um indivíduo do sexo masculino – seja ele casado ou solteiro – está caminhando pela rua e de repente se depara com uma mulher que, aos olhos dele, é considerada atraente. Esse sujeito, por se deixar levar pela tendência natural do corpo e por não exercer o autodomínio/equilíbrio acerca da tal, passa a cobiçar a jovem em questão e, por falta de Amor, desrespeita tanto a si mesmo quanto a moça que, infelizmente, sofre um abuso sexual cometido pelo homem que se deixou levar pela concupiscência carnal. Ou seja, a falta de domínio/equilíbrio acerca da concupiscência resultou em uma cobiça que ocasionou um abuso sexual, o que é algo mau.

Ao ser denunciado pela moça, o cara vai para a delegacia e lá, quando questionado sobre o crime cometido, faz uso de um bordão muito usado por aí, a saber: “Quem mandou eu fazer isso foi o Diabo; foi uma voz ruim que me induziu a atacar a jovem”. Porém, ainda que uma voz ruim tivesse semeado tal desejo destrutivo nesse indivíduo, estava nele exercer ou não o mesmo. Logo, o Diabo e/ou qualquer voz ruim não é o culpado da história, mas sim o sujeito que não dominou, equilibrou e muito menos colocou freios em seu cavalo!

E devido a agressão cometida, o criminoso terá de pagar um preço por isso, preço que poderia ser evitado se ele tivesse se mantido desperto e exercido o auto respeito. Afinal, quando um indivíduo se auto respeita ele não depende, por exemplo, da vestimenta/comportamento alheio para manter-se sóbrio, contido, refreado, equilibrado e autodominado. Assim como não sai por aí tendo intimidades sexuais com uma pessoa – seja ela qual for – a menos que haja um compromisso conjugal e consciente entre ambos.

A propósito, como diz o Mestre: “A vida espiritual faz o auto respeito aumentar vigorosamente. Mas o auto respeito não é autoadmiração. O auto respeito está sempre coordenado com o Amor e o serviço ao semelhante. Não é possível respeitar a si próprio mais do que amar ao semelhante, um é a medida da capacidade para o outro” (Urântia – Doc. 156: Seção 5). No entanto, quando um ser não se respeita, ele não respeita ninguém. Por isso muitos se comportam como animais irracionais exercendo coisas que não convém expor.

Em resumo, tendo em vista o exemplo explanado somado às demais informações expostas até o presente momento, quando algo ocorre, humanamente falando, através de nossos membros, somos nós os responsáveis por essa ocorrência. E se tratando de algo ruim, não é Satanás, por exemplo, que irá assumir as consequências de tais atos, mas sim o indivíduo que os exerceu. Desse modo, não adianta pensar que a culpa por tal mal, humanamente falando, é do Diabo, porque está em nós resistir ou não os dardos inflamados que provém dele.

Sendo assim, é evidente que cada um escolhe/decide o que vai praticar no dia-a-dia, e isso nos torna responsáveis por nós mesmos. Compreende o que digo? Se sim, parabéns! Mas se sua resposta é “não”, então vamos ver um outro raciocínio para que você compreenda melhor que somos nós, no final das contas, os responsáveis por si mesmos quando temos nossa emancipação e nos encontramos em lucidez:

O Deus Verdadeiro, Criador do vasto Universo, presenteou todos os seres – sem exceção – com o famoso livre-arbítrio. Isso quer dizer que o Pai dos espíritos outorgou a todos – sem restrição – a oportunidade e/ou possibilidade de cada criatura existente no vasto Universo tomar decisões por vontade própria através do discernimento que possui.

Então, por meio do discernimento[2] que uma pessoa dispõe, ela escolhe a senda que quer trilhar e assume as consequências desta, seja ela boa ou má. Pois “desde o princípio Ele criou a humanidade e a entregou ao poder de suas próprias decisões. Se você quiser, observará os mandamentos, e a fidelidade está em agir de boa vontade” (Eclesiástico 15:14-15).

Em outras palavras, cada qual que se encontra neste Plano Terrestre é considerado um indivíduo. Por estarmos neste Plano, possuímos – além da Natureza Espiritual – a natureza humana. Com relação a esta última, nada do que fazemos ou deixamos de realizar, humanamente falando, enaltece e/ou diminuí o Poder de Deus; porque Ele É O QUE É com ou sem a gente. Contudo, um indivíduo sem tê-Lo por Guia, nada é além de poeira cósmica.

Embora as coisas alusivas a esta vida humana não terem influência alguma em Deus, absolutamente tudo que fazemos – tanto espiritualmente quanto humanamente – refletem[3] em nós mesmos e naqueles que se fazem próximos. Por essa razão, uma pessoa minimamente inteligente e/ou lúcida procurará exercer o Amor e respeito, tanto consigo mesma quanto para algum próximo. Em contrapartida, uma criatura tola vai em busca de coisas que prejudicam – tanto espiritualmente quanto humanamente – tanto a ela mesma quanto a outrem; e isso é lamentável já que é contra a Lei do Amor Fraterno.

Desde que nosso irmão rebelde (o atual Diabo) se deixou levar pela soberba e egocentrismo e, por conseguinte, fez uso de seu livre-arbítrio para dar origem a rebelião que ocorreu no Mundo Espiritual, os viajantes deste Plano Terrestre recebem em suas casas (mente; pensamento) diversas linguagens que oferecem a opção de escolha acerca de dois caminhos para trilhar, a saber: Verdade ou Mentira, Cristo ou Diabo. E independente se essas mensagens provêm da Verdade ou da mentira, somos nós que decidimos qual delas vamos vivenciar.

Outrossim, somos nós que escolhemos que tipo de semente vamos cultivar, para que assim colhamos seus respectivos frutos. Logo, dependendo da semente que optamos por criar, ou nosso eu será Santo como o Pai da Verdade é Santo ou vai se tornar arrogante, imundo e/ou mentiroso como o irmão rebelde se tornou. Em regra: tudo que plantamos/cultivamos cedo ou tarde iremos colher, seja aqui ou acolá!

Sendo assim, se um humano opta por conduzir o próprio barco aplicando aquilo que a voz da mentira oferece, consequentemente ele estará dirigindo a própria vida sem desfrutar do Reino de Deus – visto que ele estará se inclinando somente na busca de coisas pertinentes a satisfação desta vida carnal e/ou material que é passageira; assim como exercendo apenas suas vontades pessoais ao invés de estar desfrutando da Vontade Divina. E para a tristeza de uns e surpresa de muitos, nada do que conquistamos neste Plano Terrestre como, por exemplo, bens materiais, títulos e afins levamos conosco após a troca de roupa (morte física). Então, a busca que o humano exerce somente acerca da satisfação desta vida transitória é como enxugar gelo – sem contar que além dele não chegar a lugar algum, o mesmo nunca está satisfeito com nada.

Em contrapartida, quando um humano escolhe dirigir a si mesmo aplicando o que a Voz do Altíssimo diz, de modo consequente ele estará caminhando pela Estrada que o conduz para a Árvore da Vida que proporciona os Frutos capazes de tornar aqueles que os ingerem iguais ao Sol da Justiça, a saber, Deus. Igualmente, quando uma alma decide aplicar o que a Voz da Verdade diz, ela tem em si a Vida Eterna; isto é, ela tem a Graça de viver hoje e eternamente unida ao Espírito Sagrado, desfrutando, consequentemente, de ganhos eternos.

Portanto, quando uma alma escolhe conduzir a própria vida através da voz da mentira, a mesma apenas adquire como recompensa vaidade e aflição de espírito – sem contar as corrupções que pode vir a colher se não se manter vigilante. Porém, quando uma alma opta por pilotar a própria vida atendendo a Voz Genuína, ela colhe os saborosos Frutos do Espírito do Pai Verdadeiro. E Estes tem o Poder de fornecer para a alma que os ingere a verdadeira Paz (Entendimento; Equilíbrio) que não se pode obter por meio deste mundo, afinal, somente a Verdade (Jesus Cristo) pode dar essa Paz; e só quem opta pela Voz Dele como Guia usufrui Dela.

De modo geral, está em nós elegermos o que queremos para si – lembrando que além daquilo que escolhemos ser de inteira responsabilidade, a escolha que fazemos é para AGORA! Pois quem de nós poderá afirmar o que acontecerá no dia seguinte ou daqui a alguns instantes? Então o tempo de fazermos nossas escolhas e mudar de vida é JÁ! Afinal, o passado serve de alerta e aprendizado; o agora serve de vivência, bom ânimo e evolução, porque o futuro é simplesmente a colheita do que cultivamos neste tempo presente que foi dado gratuitamente.

Caro leitor, você já parou para se questionar do porquê da própria vida e/ou finalidade neste Plano?

Já parou para pensar no valor que você possui já que és um filho de Deus? Não importa seu sexo, idade, cor, estado físico, finanças, localização, descendência humana, etnia e afins; pois independente de tudo isso VOCÊ É UM FILHO DE DEUS! E como tal, já parou para conhecer[4] nosso Pai?

Já parou para vivenciar a Verdadeira Religião que te possibilita ver, entrar e desfrutar do Reino Divino que se encontra dentro e fora de cada um de nós?

Já parou para pensar que você pode, se quiser, conduzir a própria vida sendo igual e/ou representante do Pai Celeste, a partir do momento que escolher seguir o Útil Caminho que Ele nos ensina a trilhar?

Já parou para pensar que é possível ser perfeito como nosso Pai é perfeito? Pois o Eterno não diria através de Seu Verbo para sermos perfeitos como Ele se isso não fosse algo possível de exercermos, afinal, o Pai dos espíritos não dá um conselho, ordem e/ou faz um pedido a seus filhos se eles não fossem aptos a exercer tais Palavras. Desse modo, já parou para pensar que você pode, se quiser, ser rei e sacerdote do mundo, o qual é você mesmo?

Por falta de questionamento, muitos acham que a travessia neste Plano é algo que consiste – carnalmente falando – apenas em nascer, comer, crescer, estudar, trabalhar, usufruir das coisas materiais e, por fim, morrer sem levar absolutamente nada do que conquistou materialmente com tanto esforço. Já parou para pensar nisso?

Já parou para pensar em qual é a finalidade de uma alma vestida com esta roupa humana se dedicar só em questões materiais, sendo que o destino dela é fora deste Plano Terrestre já que mais cedo ou mais tarde todos trocamos de roupa?

Muitos humanos estudam e conhecem diversas coisas referentes a esta Esfera Terrena (astronomia, física, geografia, química, números, países, culturas, etc.); mas, estes mesmos estudiosos – assim como milhares de pessoas – se esquecem de estudar, conhecer e compreender tanto a Palavra Divina, quanto a si mesmos. Como resultado, muitos por aí querem exercer o domínio e/ou poder no mundo a fora, sendo que o único mundo que podemos dominar/exercer o poder é somente o nosso, dado que “controlar os outros é força; mas controlar-se a si próprio é o verdadeiro poder”. E se tratando dos demais: “Não por força nem por violência, mas pelo Meu Espírito, diz o Senhor” (Zacarias 4:6). Pois o Espírito do Criador ensina a criatura a viver o Verdadeiro Amor!

Caro leitor, será que estamos aqui simplesmente para viver escravizados por uma natureza humana criadora de um sistema consumista e insaciável? Ou será que estamos aqui neste Plano para tirarmos nossas próprias conclusões se queremos ou não o Pai da Verdade como nosso Salvador e Guia espiritual (intelectual), para que possamos aprender a deixar de sermos escravos desta natureza animal e deste sistema infernal?

“O segredo da existência não consiste somente em viver, mas em saber para que se vive”.

E ao contrário do que muitos pensam, este Plano à qual nos encontramos vestidos com uma roupa humana não é um lugar de mera busca pelos prazeres carnais, mas sim um grande Vale no qual as almas podem se edificar desde que elas despertem o Espírito residente e busquem conduzir a si mesmas sendo obedientes a Voz da Verdade. Contudo, sem o despertar desse Espírito, este Plano Terrestre se torna verdadeiramente sem sentido e o dia-a-dia daqueles que não vão em busca da Paz proveniente de Cristo é, de fato, um inferno.

Nesta Esfera é implantado na mente do ser humano que é preciso muitas coisas para que ele tenha uma vida satisfatória; mas ao contrário disso, a Palavra Divina diz que só uma coisa é essencial, a saber: a busca pelo Reino de Deus – a vivência da Vontade do Pai Celestial. E para que isso aconteça a única coisa necessária[5] a fazer é a pessoa renascer, pois através do despertar da consciência ela aprende a raciocinar – meditar na Verdade com o auxílio da razão; ela busca saber do Invisível através do estudo do visível mediante o Novo Coração.

O renascimento de um humano, ao contrário do que muitos pensam, ensinam e praticam por aí, não tem absolutamente nada a ver com o ato de se imergir e/ou de molhar alguma parte do corpo físico em uma água física, seja ou não de maneira cerimonial. Porque, na verdade, “o batismo que nos salva é a indagação de uma boa consciência para com Deus pela ressurreição de Jesus Cristo” (I Pedro 3:21).

Em termos mais abrangentes, a palavra “batismo” significa “sacramento que, segundo o cristianismo, retira o pecado original de quem o recebe, sendo a partir de então considerado um cristão”; quer dizer que esse “sacramento” é justamente o ato do humano indagar/examinar a própria consciência (conhecimento) para averiguar se a mesma está unida com a Consciência (Conhecimento) de Deus e de Sua Palavra Jesus Cristo. Pois através dessa verificação, o sujeito se salva da mentira e ignorância que tem como objetivo escravizar a alma na ilusão.

Todavia, para que haja esse exame (sacramento), primeiro o humano precisa aceitar (crer; seguir; filiar-se) as Palavras de Jesus Cristo – o Evangelho, pois só assim o pecado[6] que outrora acompanhava o sujeito é retirado, afinal, quando um indivíduo acerta o Alvo[7], ele conhece e crê na Verdade. Em consequência, Ela o liberta.

Outrossim, quando uma pessoa aceita lavar a própria mente com a Palavra Divina (Água), posteriormente ela passa a comparar a própria consciência com o Exemplo que nos foi deixado, porque através dessa comparação o sujeito consegue descobrir se está ou não andando pelo Caminho da Luz Verdadeira ou pelo caminho das trevas.

Igualmente, o batismo que nos salva (auxilia) consiste na limpeza e no compromisso da manutenção de pensamento que fazemos através de cada aprendizado pela ressurreição de Jesus Cristo – tendo como intenção sempre a prática do Amor Genuíno. Então, quando um ser exerce o verdadeiro e único batismo[8], ele desfruta da Verdadeira Religião. Em seguida, ele passa pela Porta da Salvação e usufrui de um Reino extraordinário repleto de ensinos/aprendizados que enobrecem o indivíduo, conduzindo-o, literalmente, a Ilha do Paraíso!

No entanto, tudo isso, como sempre, é uma questão de escolha do próprio indivíduo, já que todos têm um livre-arbítrio. Porém, uma pessoa que diz crer na existência de Deus, busca conduzir sua própria vida com base na Verdade ou então almeja a manifestação do Amor Verdadeiro, automaticamente precisa conhecer e aprender sobre a Vida de Jesus, para que assim possa deleitar-se da Vontade Divina, afinal, Ele é a Palavra e Imagem de Deus, e Deus é Amor. Desse modo, um ser minimamente inteligente procurará fazer uso de seu livre-arbítrio (discernimento) para examinar o Exemplo do Irmão mais velho, já que Ele é o Mediador entre criatura e Criador.

Muitas pessoas – por não fazerem bom uso do próprio livre-arbítrio – conduzem a própria vida de maneira destrutiva, degradante, impulsiva, ambicionista e sem sobriedade alguma (lembrando que não é apenas substâncias químicas que tiram a sobriedade das pessoas); acarretando, dessa forma, tanto para si quanto para quem está próximo, ações contrárias ao Amor Fraterno que tão pacientemente o Eterno nos ensinou e ensina até hoje! E o produto disso tudo é tristeza em cima de tristeza. Aliás, como diz o Cristo: “Grande parte da tristeza do homem advém do desapontamento com suas ambições e orgulho ferido” (Urântia – Doc. 149: Seção 5).

Por outro lado, quando um indivíduo faz bom uso de seu livre-arbítrio, ele conduz a própria vida de maneira sóbria, equilibrada e autodominada; fazendo de cada momento uma oportunidade para crescer e evoluir no Conhecimento do Pai da Verdade e de Seu Amor. Pois quando um ser de fato é um bom filho, ele é obediente a Voz do Divino; e essa fidelidade resulta em uma vida sábia, tranquila e sossegada. Logo, quando um ser possui bons olhos (discernimento), todo o seu corpo tem a Luz (Inteligência; Sabedoria) oriunda da Verdade. Por isso o Mestre diz: “A luminária do corpo são os olhos, de sorte que se teus olhos forem bons todo o teu corpo terá luz, se, porém, os teus olhos forem maus, o teu corpo será tenebroso; se, portanto, a luz que em ti há são trevas, quão grande serão tais trevas!” (Mateus 6:22-23).

“Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal, para lhe obedecerdes em suas concupiscências, nem tampouco apresenteis os vossos membros ao pecado por instrumento de iniquidade, mas, apresentai-vos a Deus como vivos dentre os mortos, e os vossos membros a Deus como instrumentos de justiça.” (Aos Romanos 6:12-13)

Caro leitor, com base no trecho partilhado e por outras palavras, é extremamente conveniente os filhos de Deus evitarem o pecado, para que assim o barco seja conduzido em águas tranquilas e, mesmo diante de tempestades, mantenha a robustez, equilíbrio, continência e autocontrole. Quer dizer que é extremamente importante os filhos evitarem a descrença acerca das Palavras do Irmão mais velho, para que assim a Vontade do Eterno seja manifestada neste mundo. Portanto, boa coisa é que em vez dos filhos de Deus se apresentarem ao pecado como instrumento de iniquidade, eles se mostrem ao Progenitor como vivos dentre os mortos; evidenciando, em consequência, seus membros como via de justiça e exalando, no lugar dos hábitos néscios do velho homem, a boa conduta[9] do Novo Homem gerado.

Em outras palavras, Jesus Cristo é a Justiça de Deus, logo, quando um filho quer exercer o verdadeiro Culto Racional ao Pai, primeiramente ele crê nas Palavras do Irmão mais velho e, em segundo lugar, passa a manifesta-Las através de seu corpo – de sua forma de vida – deixando de lado, por conseguinte, o eu carnal para que o Eu Espiritual (Cristo) se manifeste em seu ser.  Então, é bom que haja nos filhos de Deus o mesmo sentimento (consciência) de Cristo Jesus, para que assim a prole represente o Caráter do Progenitor, afinal de contas, através do Mediador criatura e Criador tornam-se um só[10]. E como diz a Verdade: “Quão desejável é ter um caráter bem equilibrado” (Urântia – Doc. 149: Seção 4).

Resumindo, mediante todo o conteúdo ofertado, fica claro para nós que apesar de sermos todos filhos de Deus, ainda assim somos livres para escolher se seremos bons ou maus filhos. Somos nós que decidimos se conduzimos nossa vida de maneira Racional/Espiritual exalando o bom perfume do Conhecimento do Pai Genuíno, ou se conduzimos nossa vida de maneira irracional exalando um mau cheiro através de nossas palavras, ações e hábitos – lembrando que toda escolha vem acompanhada de renúncias e responsabilidade, pois ainda que vozes – tanto boas quanto más – se façam presentes em nossa mente, está em nós decidir qual delas vamos seguir.

E bem-aventurados aqueles que decidem conduzir o barco tendo como base a Voz da Verdade! Pois Ela oferece ao ser tanto a liberdade de se religar com o Altíssimo e desfrutar da Herança Divina, quanto a iluminação psíquica que faz com que a pessoa resolva os próprios problemas com maestria, tendo como objetivo a manifestação da Fraternidade.

Em termos mais sucintos, o Verbo Real oferta ao indivíduo a liberdade de viver a Verdadeira Religião – a Fé Espiritual que transforma o animal em um Ser Racional que dá Frutos[11] Celestiais.

Enfim, felizes os filhos afetuosos e respeitosos, pois eles não têm medo e muito menos receio do Pai da Verdade, mas sim tem Amor e Respeito já que compreendem o Amor que Ele expressou por cada um de nós. E como diz em I João 4:19: Nós amamos a Deus porque Ele nos amou primeiro”.

💡 “Cada homem deverá dirigir sua vida de tal forma que não cause nenhum dano a coisa vivente alguma, pois esse é o dever supremo. Portanto, saiba dominar-se e vencer-se a si mesmo, pois vitorioso não é aquele que vence os outros, mas sim aquele que vence a si mesmo, dominando seus vícios e superando seus próprios defeitos.”




[1] Gálatas 5:19-21; Efésios 5:3-5; Colossenses 3:5-9; I Pedro 4:3; Provérbios 6:16-19

[2] Significado: Aptidão para avaliar algo com sensatez e clareza; bom senso. Capacidade para perceber a diferença entre o certo e o errado; juízo. Destreza para entender algo com grande facilidade; perspicácia. Ação ou capacidade de discernir, de distinguir com clareza. Sinônimos: Cordura; equilíbrio; prudência; razão; senso; siso; tino; conhecimento; entendimento; consciência; reflexão.

[3] Jó 35:6-8; Atos 17:25.

[4] Compreender; entender; saber; explorar; aprender; sentir; ver. Relacionar-se. Reconhecer; distinguir; discernir. Experimentar; viver. Obedecer; respeitar; sujeitar-se.

[5] Lucas 10:41-42; Mateus 6:33; João 3:3-6.

[6] “O pecado é a transgressão consciente, consabida e deliberada da Lei Divina que é a Vontade do Pai. O pecado é a medida da falta de vontade de ser conduzido divinamente e dirigido espiritualmente” (Urântia – Doc. 148: Seção 4). O pecado é a descrença em Jesus Cristo (João 16:9).

[7]  Filipenses 3:14.

[8] Efésios 4:5.

[9] Efésios 4:22-24; Colossenses 3.

[10] Filipenses 2:5; João 17:17-26.

[11] Serviço pleno de Amor, devoção não-egoísta, lealdade corajosa, equidade sincera, honestidade esclarecida, esperança imorredoura, confiança segura, ministração misericordiosa, bondade infalível, tolerância plena no perdão, paz duradoura, paciência, afabilidade, temperança, sobriedade, longanimidade, nobreza, humildade, domínio próprio, continência, etc.

OBS 1: O texto repartido nesta postagem foi extraído do seguinte livro: "De Encontro Com A Verdade Genuína", página 55 à 72. Para mais informações sobre esse livro, leia a seguinte postagem: DIVULGANDO UM LIVRO.

OBS 2: A fim de agregar mais conhecimento quanto o conteúdo explanado nesta postagem, sugiro a leitura das postagens abaixo:








👉 O Pecado











👉 O Evangelho 

👉 O Trabalho 

👉 A Estrada 





👉 A Mudança 



NOTA: Caso você queira repartir aprendizados ou falar a respeito do que leu, e não quiser fazer isso via comentários por algum motivo pessoal, mande uma mensagem no seguinte e-mail e, assim que possível, estarei respondendo enquanto estiver neste corpo: deencontrocomaverdadegenuina@yahoo.com

2 comentários:

  1. Maravilhosas palavras irmã, realmente se todos soubessem como é maravilhoso aprender de CRISTO não perderiam tato tempo indo atras do conhecimento humano que perece e iriam em busca da verdadeira SABEDORIA que é CRISTO que é
    eterna.

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    1. Verdade irmã! As coisas são simples, porém, quando as pessoas estão sendo guiadas pela ignorância, elas complicam as coisas. Quando de fato passamos a aprender de Cristo examinando as Escrituras como somos orientados em "João 5:39", nós começamos a ver que o fardo realmente é leve e o jugo é suave ^^, pois o que é pesado nesta vida são as vontades destrutivas da nossa própria carne!

      A passagem de "Aos Gálatas 5" já é bem clara para todos nós =D


      Obrigada pela atenção ^^

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