sábado, 24 de junho de 2017

A Parábola Do Bom Samaritano

  Caro leitor, nesta postagem estaremos analisando com os olhos espirituais a passagem de Lucas 10:25-37: "A Parábola do Bom Samaritano". 

  Analisemos abaixo tal texto e logo em seguida cada verso do mesmo.

  "25- E eis que se levantou um certo doutor da lei, tentando-o e dizendo: 'Mestre, que farei para herdar a vida eterna?' 26- E Ele lhe disse: 'Que está escrito na Lei? Como lês?' 27- E respondendo ele, disse: 'Amarás o Senhor teu Deus de todo coração, e de toda tua alma, e de todas as tuas forças, e de todo o teu entendimento, e ao próximo como a ti mesmo.' 28- E disse-lhe: 'Respondeste bem; faze isso e viverás.' 29- Ele, porém, querendo justificar-se a si mesmo, disse a Jesus: 'E quem é o meu próximo?' 30- E, respondendo Jesus, disse: 'Descia um homem de Jerusalém para Jericó e caiu nas mãos dos salteadores, os quais o despojaram e, espancando-o, se retiraram, deixando-o meio morto. 31- E ocasionalmente, descia pelo mesmo caminho certo sacerdote, e vendo-o, passou de largo. 32- E de igual modo também um levita, chegando aquele lugar, e vendo-o, passou de largo. 33- Mas um samaritano, que ia de viagem, chegou ao pé dele, e vendo-o, moveu-se de íntima compaixão, 34- e aproximando-se atou-lhe as feridas deitando azeite e vinho, e pondo-o sobre a sua cavalgadura, levou-o para uma estalagem, e cuidou dele; 35- e, partindo ao outro dia, tirou dois dinheiros, e deu-os ao hospedeiro, e disse-lhe: Cuida dele, e tudo o que demais gastares eu te pagarei quando voltar. 36- Qual, pois, destes três te parece que foi o próximo daquele que caiu nas mãos dos salteadores?' 37- E ele disse: 'O que usou de misericórdia para com ele.' Disse, pois Jesus: 'Vai, e faze da mesma maneira'." (Lucas 10:25 ao 37)

  Agora vamos a exortação de cada verso:

  "25- E eis que se levantou um certo doutor da lei, tentando-o e dizendo: 'Mestre, que farei para herdar a vida eterna?'"

  Vemos no verso acima que um certo doutor da Lei fez a seguinte pergunta a fim de tentar Jesus Cristo: "Mestre, que farei para herdar a vida eterna?". Ou seja, se a pessoa em si era "doutor da Lei", por certo ela era uma pessoa que possuía uma grande instrução quanto aquilo que continha escrito na Lei; porém, como já foi possível comprovar, o "doutor da Lei" fez sua respectiva pergunta a fim de tentar o Mestre, isto é, ele queria sondar se Cristo Jesus diria algo contrário aquilo que continha na Lei. E a seguir vemos a sábia resposta do Salvador:

  "26- E Ele lhe disse: 'Que está escrito na Lei? Como lês?' "

  Como podemos ver, a nenhum momento o Mestre disse o que o doutor da Lei deveria ou não fazer para ter a Vida Eterna sem antes ouvir o que ele entendia com relação aquilo que ele lia na Lei; até porque se a pessoa em si tem como título, por exemplo, o nome de "doutor", então ela não precisa que alguém a ensine, por isso Cristo redarguiu a pergunta do "doutor da lei", dizendo: "Que está escrito na Lei? Como lês?"

  Portanto, aprendemos neste verso 26 que dependendo da pessoa que nos questiona a melhor forma de respondê-la é perguntando a ela como ela lê aquilo que contém escrito nos Escritos Sagrados, principalmente se a pessoa que estiver perguntando for alguém que traz consigo o título de doutor, mestre, pastor, bispo, padre, missionário, profeta, etc. (vide Os Profetas); pois, normalmente, quem gosta de títulos está mais empenhado em tentar os outros do que em aprender de Cristo o sentido espiritual daquilo que contém nos Escritos.

  "27- E respondendo ele, disse: 'Amarás o Senhor teu Deus de todo coração, e de toda tua alma, e de todas as tuas forças, e de todo o teu entendimento, e ao próximo como a ti mesmo'."

  Após Cristo ter perguntado o que continha escrito na Lei e como o doutor lia aquilo que estava escrito, este último proclamou a passagem da Lei relatada em "Deuteronômio 6:5" e "Levítico 19:18", que diz: "Amarás o Senhor teu Deus de todo coração, e de toda tua alma, e de todas as tuas forças, e de todo o teu entendimento, e ao próximo como a ti mesmo". Ou seja, vemos que o doutor sabia muito bem que o amor a Deus e ao próximo é algo que caminha lado a lado, pois para exercermos um mandamento é necessário exercermos o outro mandamento, afinal, como está escrito: "Se alguém diz que ama a Deus mas aborrece a seu irmão, é mentiroso; pois quem não ama a seu irmão ao qual viu, como pode amar a Deus a quem não viu? E Dele temos este mandamento: Que quem ama a Deus, ame também a seu irmão" (I João 4:20-21)

  Portanto, aprendemos neste verso 27 que o fundamento e base de tudo é o AMOR AO PRÓXIMO, mas não o amor falso e mundano cheio de malícia e sensualidade que o diabo nos ensina, mas sim o Amor Fraterno ao qual Cristo nos ensina (vide A Verdadeira Forma de Amar): um Amor sem malícia e/ou sensualidade; um Amor que não faz do próximo um objeto para se obter um prazer sexual e/ou algum benefício na vida material; um Amor que não ofende, xinga, mata, desrespeita e condena o próximo por aquilo que se vê; um amor que não incentiva o próximo a exercer as obras destrutivas da carne, tradições de homens e rudimentos mundanos (vide As Obras da Carne e os Frutos do Espírito / Colossenses 2:8); um Amor que cuida e zela pelo bem estar espiritual do próximo, pois quando estamos bem espiritualmente, tudo no nosso exterior estará bom porque o equilíbrio espiritual que Deus/Cristo nos concede nos ensina a ser forte a fim de suportar as adversidades desta vida sem murmurar, maltratar e/ou condenar o próximo e/ou delegar para o Pai as ninharias de uma vida carnal e/ou material (vide O Que É Ser Forte? / O Adultério)

  Em síntese, pode-se afirmar que o Amor Fraterno/Caridade ensinado por Cristo é o vínculo da perfeição e o Caminho para se obter/desfrutar da Promessa do Pai denominada Vida Eterna (vide A Promessa de Deus / Colossenses 3:12-14).

  "28- E disse-lhe: 'Respondeste bem; faze isso e viverás'."

  Vemos que Cristo concordou com a resposta dada pelo doutor da Lei, até porque não haveria como Ele não concordar, pois Ele mesmo nos diz que Seu mandamento é amarmos uns aos outros como Ele nos amou (vide João 13:34-35), pois exercendo o Amor Fraterno como Ele exerceu nós cumprimos toda a Lei (vide A Lei: Qual Seguir e como Seguir?). Então através da prática do Amor Fraterno nós temos a Vida Eterna dentro de nós mesmos (vide A Verdadeira Forma de Amar / A Promessa de Deus)

  "29- Ele, porém, querendo justificar-se a si mesmo, disse a Jesus: 'E quem é o meu próximo?'"

  Neste verso, vemos que mesmo o Mestre ter dito que era só o doutor da Lei seguir e praticar aquilo que ele mesmo confessou que estava escrito na Lei, a saber, o Amor, vemos que o doutor da Lei quis justificar a si mesmo perguntando para Cristo "quem era o próximo dele". Ou seja, é como se o doutor da Lei quisesse que o Mestre determinasse para ele um tipo de próximo a fim de limita-lo a exercer o amor somente com uma determinada pessoa ou grupo. Porém, mais uma vez o Salvador usou de Sabedoria e respondeu à pergunta do doutor com a seguinte parábola:

  "30- E, respondendo Jesus, disse: 'Descia um homem de Jerusalém para Jericó e caiu nas mãos dos salteadores, os quais o despojaram e, espancando-o, se retiraram, deixando-o meio morto. 31- E ocasionalmente, descia pelo mesmo caminho certo sacerdote, e vendo-o, passou de largo. 32- E de igual modo também um levita, chegando aquele lugar, e vendo-o, passou de largo. 33- Mas um samaritano, que ia de viagem, chegou ao pé dele, e vendo-o, moveu-se de íntima compaixão, 34- e aproximando-se atou-lhe as feridas deitando azeite e vinho, e pondo-o sobre a sua cavalgadura, levou-o para uma estalagem, e cuidou dele; 35- e, partindo ao outro dia, tirou dois dinheiros, e deu-os ao hospedeiro, e disse-lhe: Cuida dele, e tudo o que demais gastares eu to pagarei quando voltar."

 Na parábola acima nós podemos aprender várias coisas. E para se absorver a essência da parábola, vamos analisa-la passo-a-passo:

  VERSO 30: "E, respondendo Jesus, disse: 'Descia um homem de Jerusalém para Jericó e caiu nas mãos dos salteadores, os quais o despojaram e, espancando-o, se retiraram, deixando-o meio morto."

  Neste verso 30, vemos que o Mestre relatou que descia um homem de Jerusalém para Jericó. E se analisarmos com os olhos espirituais o nome "Jerusalém" e "Jericó", veremos que "Jerusalém" significa "habitação de Paz ou habitação segura" e o nome "Jericó" significa "lugar de fragrância ou de suave odor" (vide Dicionário de Nomes Bíblicos / A Importância dos Nomes nas Escrituras). Ou seja, a parábola contada relata a história de um homem que saiu da habitação da Paz para ir a um lugar que exalava um bom perfume, uma bela aparência; isso significa que o homem deixou de habitar em uma habitação segura por ter se deixado seduzir pelo aroma de outro lugar. Lamentavelmente, como o homem deixou de habitar em um lugar seguro para ir de encontro a um lugar que emanava apenas bom cheiro e aparência, ele acabou caindo nas mãos dos salteadores; e estes salteadores o despojaram, isto é, enganaram, lesaram e usurparam o pobre homem. E após os salteadores espancarem muito o homem, eles foram embora deixando-o meio morto. 

  Caro leitor, Cristo é nossa habitação de Paz e Segurança, e Ele só nos promete aquilo que não vemos, a saber, a Vida Eterna (vide I João 2:25 / A Promessa de Deus); porém, há lugares como "Jericó" espalhados por aí que só tem aparência e bom cheiro aos olhos da carne, e nestes lugares os salteadores oferecem - fazendo uso das Escrituras e do nome "Deus" - benefícios, prosperidade, curas, alivio e soluções para uma vida carnal e material a fim de atrair aqueles que não estão alicerçados na Verdade/Cristo/Palavra de Deus Espiritual (vide A Palavra Sábia x A Palavra Mentirosa)

  Quando alguém se deixa seduzir pelo aroma e aparência de "Jericó", este é surpreendido por salteadores/ladrões que tem como finalidade roubar, matar e destruir (vide João 10:10), pois os salteadores roubam o direito das pessoas caminharem e aprenderem de Deus/Cristo examinando por conta própria os Escritos que , por sinal, começam dentro de si próprio; eles matam a alma daqueles que os ouvem com suas interpretações literárias com relação aos Escritos Sagrados (vide A Letra Mata! / O Perigo da Letra!); eles destroem a capacidade psíquica/intelectual/espiritual daqueles que os ouvem fazendo com que seus seguidores se sintam incapazes de aprenderem de Deus por conta própria; eles destroem o matrimônio espiritual daqueles que os seguem pelo fato deles induzirem seus seguidores a viver em adultério perante o Pai dos espíritos (vide O Adultério!)

  Vemos na parábola compartilhada que os salteadores deixaram o homem meio morto, isto é, o homem não ficou totalmente morto com as punhaladas dos salteadores; ele não ficou 100% desfalecido com as ações dos salteadores. Assim como este homem da parábola, no nosso dia-a-dia também há pessoas que são apanhadas pelos salteadores, porém, elas não estão totalmente mortas, elas não estão totalmente desfalecidas; elas apenas estão confusas, é onde entra o "orar sem cessar" (vide A Verdadeira Forma de Orar), porque se oramos/discursamos as Palavras Espirituais do Eterno diretamente com aquele que está meio morto/confuso, este pode vir a se levantar dentre os mortos, ser esclarecido por Cristo e voltar a habitar na habitação da Paz sem confusão alguma (vide Efésios 5:14 / Ressurreição).

  VERSO 31: "E ocasionalmente, descia pelo mesmo caminho certo sacerdote, e vendo-o, passou de largo."

  Vemos que a primeira pessoa que avistou o homem atingido pelos salteadores era um sacerdote. Curioso é que os sacerdotes deveriam cuidar uns dos outros e ajudar uns aos outros, porém, o sacerdote em questão viu o pobre homem e passou de largo.

  Caro leitor, bem sabemos que através do Sangue de Cristo somos lavados e passamos a ser reis e sacerdotes (vide Apocalipse 1:5-6), quer dizer que através da Vida/Conhecimento proveniente de Cristo somos lavados e passamos a ser uma nova criatura (vide II Coríntios 5:17 / O Verdadeiro Batismo); porém, lamentavelmente há sacerdotes que falam demais e exercem pouco pelo fato de só falarem e conhecerem a letra (vide A Língua)há sacerdotes que veem alguém confuso/meio morto e simplesmente fingem que não veem e passam de largo; há sacerdotes que dizem conhecer a Deus, mas negam Ele em suas obras (vide Tito 1:16), sendo que a Fé sem as Obras é morta (vide A Fé sem Obras é morta). Logo, dizer que crê em Deus mas não conhecer Sua Palavra de forma espiritual é algo morto, sem eficácia e sem edificação alguma; assim como dizer que crê em Deus mas não praticar o Amor Fraterno do Pai com um próximo necessitado é algo infrutífero. 

  VERSO 32: "E de igual modo também um levita, chegando aquele lugar, e vendo-o, passou de largo."

  Assim como o sacerdote, um levita também avistou o pobre homem e passou de largo. curioso é que os levitas eram justamente aqueles que levavam a Arca do Concerto e foram designados a ler as Leis ao povo a fim deles aprenderem a temer a Deus (vide Deuteronômio 31:9-13), porém, aquele que deveria ajudar, também passou de largo.

  VERSOS 33, 34 e 35: "Mas um samaritano, que ia de viagem, chegou ao pé dele, e vendo-o, moveu-se de íntima compaixão, e aproximando-se atou-lhe as feridas deitando azeite e vinho, e pondo-o sobre a sua cavalgadura, levou-o para uma estalagem, e cuidou dele; E, partindo ao outro dia, tirou dois dinheiros, e deu-os ao hospedeiro, e disse-lhe: Cuida dele, e tudo o que demais gastares eu te pagarei quando voltar."

  Mas ao contrário do sacerdote e do levita, um samaritano avistou o pobre homem, teve compaixão, aproximou-se dele e atou-lhe as feridas deitando azeite e vinho, isso significa que o samaritano uniu as feridas do homem inclinando sobre elas a Fé (que é o azeite) com Conhecimento (que é o vinho) auxiliando, dessa forma, na cicatrização de tais feridas. 

  Em outras palavras, o samaritano se compadeceu daquele homem que estava meio morto/confuso devido àquilo que os salteadores fizeram. E para ajudar o pobre homem a se curar das feridas psíquicas/mentais/espirituais o samaritano lhe transmitiu Cristo (Palavra de Deus Espiritual) com pleno Conhecimento do Mesmo, pois o Mestre é a Palavra da Fé que nos foi anunciada (vide O Que é a Fé?); e quando começamos a conhecer o Verdadeiro Cristo nós passamos a compreender que aquilo que é pertinente a uma vida carnal e/ou material não tem envolvimento algum com o Deus Vivo, é onde deixamos de viver na habitação dos mortos/inferno para viver na habitação Segura da Paz do Eterno, afinal, quando nos alimentamos das Palavras Sábias do Altíssimo, nós conseguimos curar nossas feridas espirituais e deixamos de ser presa fácil dos salteadores e de suas palavras mentirosas (vide A Palavra Sábia x A Palavra Mentirosa)

  Vemos que após o samaritano transmitir o principal para o pobre homem, a saber, Azeite/ com Conhecimento/Vinho, ele o levou para uma estalagem a fim de que o pobre homem pudesse se recuperar por completo das apunhaladas dos salteadores. 

  Um ponto muito interessante para analisarmos é que os samaritanos não eram bem vistos pelos judeus, tanto é que os judeus não se comunicavam com os samaritanos (vide João 4:9); porém, foi justamente um samaritano que prestou socorro ao pobre homem, e isso serve para nos ensinar a não se atentarmos naquilo que vemos exteriormente (vide II Coríntios 4:18 / João 7:24). Ou seja, não importa a aparência/exterior daqueles que se reportam a nós, até porque se analisarmos, por exemplo, Isaías 53:2, veremos que Cristo, aos olhos dos homens, não tinha beleza e formosura alguma, todavia, o Mestre é a Porta Estreita (vide João 10:9 / Mateus 7:13); Ele é o Reino de Deus (vide O Reino de Deus); Ele é a Obra de Deus (vide A Obra de Deus); Ele é a Palavra Espiritual de Deus (vide Apocalipse 19:13 / João 6:63); Ele é o Mestre (vide Mateus 23:8); Ele é o Pastor (vide João 10:11)Ele é o Mistério de Deus (vide Colossenses 1:26 ao 26 / Colossenses 2:2-3); Ele é o Poder e Sabedoria de Deus (vide I Coríntios 1:24); Ele é a Fé (vide O Que é a Fé?); Ele é o Fundamento (vide I Coríntios 3:11); Ele é o Caminho, a Verdade e a Vida (vide João 14:6); Ele é Deus (vide I João 5:20 / João 10:30)

  Sendo assim, o importante não é a aparência de quem nos fala, mas sim as palavras que nos são transmitidas; por isso que temos que julgar as palavras que chegam até nós sem se atentar na aparência de quem nos fala; temos que julgar se as palavras que chegam até nós tem coerência com a Reta Justiça de Deus, a saber, Cristo Jesus (vide João 7:24 / I Coríntios 1:30), passou disso quem julga é Deus (vide Tiago 4:11-12).

  "36- Qual, pois, destes três te parece que foi o próximo daquele que caiu nas mãos dos salteadores? 37- E ele disse: O que usou de misericórdia para com ele. Disse, pois Jesus: Vai, e faze da mesma maneira."

  Após o Mestre transmitir a parábola ao doutor da Lei, Ele indaga-o com a seguinte pergunta: "Qual destes três te parece que foi o próximo daquele que caiu nas mãos dos salteadores?"; e o doutor da Lei responde: "Aquele que usou de misericórdia". E Cristo lindamente lhe diz: "Vai, e faze da mesma maneira." 

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  Enfim, com base nesta passagem de Lucas 10:25-37, é possível aprendemos muitas coisas:

  1º: Aprendemos que dependendo da pessoa que se reporta a nós, a melhor forma de responder aquilo que nos é perguntado é perguntando para a própria pessoa o que ela entende com relação aquilo que ela mesma lê. Portanto, como está escrito: "Andai com sabedoria para com os que estão de fora, remindo o tempo. A vossa palavra seja sempre agradável e temperada com sal, para que saibais como vos convém responder a cada um" (Colossenses 4:5-6)

  Desse modo, devemos buscar viver e andar com Sabedoria, em especial com aqueles que estão de fora, isto é, principalmente com aqueles que ainda não compreendem a Linguagem do Espírito. 

  Igualmente, devemos remir o tempo, isto é, devemos recuperar o tempo perdido procurando consertar nossos erros que outrora cometíamos durante o tempo da ignorância. 

  Também vemos que nossas palavras devem ser sempre agradáveis e temperadas com sal, isso significa que nossas palavras devem ser sempre boas para ocasionar uma edificação espiritual; devem ser fortalecidas e envolvidas com o Sal/Cristo/Palavra Espiritual para que saibamos responder a cada um como convém responder. 

  2º: Se analisarmos na letra a "Parábola do Bom Samaritano", veremos que é impossível exercê-la, pois se olharmos em volta há bilhões de pessoas jogadas nas ruas vivendo em condições precárias; e ainda que alguém desse toda sua fortuna carnal e/ou material para ajudar tais pessoas, ainda assim haverá dívidas, pois lamentavelmente a situação está deprimente e precária no Planeta - sem contar que não importa o que seja feito materialmente para alguém, caso não haja a vivência do Amor, tal ato é inútil (vide I Coríntios 13:3).

  Todavia, analisando com os olhos espirituais, vemos que podemos exercer esta parábola no nosso dia-a-dia, pois sempre há um irmão próximo sendo vítima de salteadores; e aqueles que tem consigo o conhecimento da Fé/Cristo podem estar prestando socorro para aquele que estiver próximo a ele (vide I Coríntios 13 / O Que é a Fé?)

  E quanto ao exercer ajuda carnal/material, cada um sabe o que fazer, pois qualquer bom cidadão que se preze, independente da crença em Deus, ajuda seu semelhante na medida do possível e de acordo com as próprias condições; todavia, a verdadeira ajuda que é eterna e capaz de proporcionar a Paz interior para alguém é o fornecer o Amor de Deus/Cristo, pois a Caridade é tudo! (vide I Coríntios 13 / A Verdadeira Forma de Amar).

  3º: Aprendemos que o nosso "próximo" nem sempre será alguém que conhecemos ou alguém de nosso âmbito familiar, nem sempre nosso "próximo" será alguém que temos afinidade; todavia, não convém fazer acepção de pessoas (vide Tiago 2:1-13). Logo, não importa quem seja a pessoa que estiver precisando de ajuda, se de fato queremos ter/viver a Vida Eterna, temos que agir da mesma forma que o samaritano. 

  Em resumo, sempre temos alguém próximo de nós (começando por nós mesmos), e Cristo nos manda amarmos o próximo como Ele amou (vide A Verdadeira Forma de Amar). Sendo assim, não importa onde estivermos, sempre devemos agir com misericórdia, amor, zelo, cuidado e fraternidade; pois não adianta nada deixar de lado aquele que de fato está próximo de nós com o pretexto de querer ajudar outra pessoa que está longe só porque se tem uma certa afinidade com a mesma, afinal, todas as almas têm valor para Deus seja uma alma de consciência forte ou uma alma de consciência fraca, pois a vida e a morte do Mestre é um Exemplo para todos (vide I Coríntios 8), para que todos que quiserem tenham a Vida dentro de si mesmos. 

  Muitos querem justificar-se como o doutor da Lei quis se justificar questionando quem é o próximo, porém, vemos que não há uma determinação de próximo, pois na verdade somos todos irmãos (vide Mateus 23:8); e o irmão que estiver mais próximo de nós, seja ele quem for, se ele estiver precisando de ajuda, devemos ajuda-lo da mesma maneira que o samaritano fez: não convém exercer acepção de pessoas. Sendo assim, boa coisa é orarmos/falarmos com todos aqueles que se fizerem próximos de nós sobre aquilo que é fundamental, a saber, o Amor Fraterno (vide A Verdadeira Forma de Amar)

  Se usarmos um raciocínio bem básico, veremos que temos muito trabalho a ser feito começando pela nossa própria casa espiritual (nós mesmos); e depois começando pelas demais casas/pessoas que se fizerem próximos de nós no decorrer do dia e da vida, pois antes de querermos ajudar alguém, precisamos nos ajudar; antes de querermos ajudar alguém a se livrar do joio, precisamos nos livrar do nosso próprio joio (vide Exortação do Joio e do Trigo) a fim de nos alicerçarmos na Fé e no Conhecimento de Cristo, para que assim não venhamos ser tentados quando formos surpreendidos por alguma ofensa (vide Gálatas 6:1) - onde a maior ofensa que pode haver é o ato de alguém fazer uso das Escrituras para se anunciar algo carnal e/ou material: lembremo-nos da "Tentação de Cristo" relatada em Lucas 4 e Mateus 4, porquanto o diabo materializa as Escrituras a fim de proporcionar alimento carnal, proteção carnal e prosperidade carnal/material; e o Mestre recusa tais materializações. Que possamos ser como Jesus Cristo (vide A Tentação de Cristo: Uma Lição Valiosa)!!!

  4º: Aprendemos que não devemos deixar "Jerusalém" para ir para "Jericó", isto é, não devemos deixar nossa habitação da Paz (Cristo - Palavra de Deus Espiritual) para ir de encontro as palavras da mentira que exalam somente bom cheiro e aparência aos olhos humanos; pois quando deixamos nossa habitação Segura, os salteadores nos maltratam. 

  Todavia, há uma forma de vencer "Jericó", há um meio de combater esta mentira que se transfigura em anjo de luz a fim de induzir as pessoas ao adultério (vide O Adultério!), e a forma de vencermos "Jericó" é gritando ao som da buzina do Carneiro (vide Josué 6:5); então vencemos "Jericó" entoando palavras elevadas com base nas Palavras de Jesus Cristo a fim de anunciar somente a única promessa feita pelo verdadeiro Deus, a saber, a Vida Eterna (vide A Promessa de Deus), pois Jesus Cristo é Nosso Carneiro (vide Gênesis 22:13 / I João 4:9 / João 3:16 / Romanos 8:32), e as Palavras Dele são somente ESPIRITUAIS (vide João 6:63 / João 12:49-50), enquanto as palavras de "Jericó" são pertinentes a uma vida carnal e/ou material. 

  Resumindo, derrubamos "Jericó" entoando as Palavras do Mestre; vencemos as palavras da mentira entoando as Palavras da Verdade, não na letra, mas no Espírito/Razão, porque a letra - quando mal interpretada - mata almas, mas o Espírito vivifica-as(vide A Letra Mata! / O Perigo da Letra!); sem contar que nossa verdadeira circuncisão não é na letra, mas sim no espírito (vide Romanos 2:28-29).

  Enfim, mediante tais fatos, conclui-se que o ponto chave para se ter/viver a Vida Eterna é através da execução do Amor ao próximo; conclui-se que se de fato queremos viver a Vida Eterna em glória com o Pai é necessário amarmos uns aos outros como o Mestre nos amou  (vide A Verdadeira Forma de Amar)Portanto mais uma vez conclui-se que é preciso aprendermos de Jesus Cristo como exercer este Amor tão requisitado; e para aprendermos do Mestre basta examinarmos as Escrituras que testificam Dele a fim de observarmos Suas Palavras e Conduta; assim como basta elevarmos nossa mente nas coisas do Alto, pois nada que façamos nesta vida tem valor e importância se não houver a Caridade (Cristo - vivência dos Frutos do Espírito) em nossas palavras e atitudes (vide I Coríntios 13 / Gálatas 5:22).

  "O Meu mandamento é este: Que vos ameis uns aos outros como Eu vos amei". (João 15:12)

  "Conhecemos a caridade nisto: Que Ele deu sua vida por nós, e nós devemos dar a vida pelos irmãos." (I João 3:16)

   Que Deus nos guie na Verdade 👉 João 14:6 😏

  💡 "Jesus Cristo deu Sua Vida por nós e nós devemos dar a Vida pelos irmãos. Em outras palavras, a Vida de Jesus é a Palavra de Deus Espiritual; e se nossa Vida é Cristo, então devemos fornecer aos nossos irmãos a Palavra de Deus Espiritual para que eles sejam salvos da mentira e possam ter/viver a Vida Eterna."

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NOTA: Caso você queira repartir aprendizados ou falar a respeito do que leu, e não quiser fazer isso via comentários por algum motivo pessoal, mande uma mensagem no seguinte e-mail e, assim que possível, estarei respondendo enquanto estiver neste corpo: deencontrocomaverdadegenuina@yahoo.com



2 comentários:

  1. Maravilhoso Pão que têm sido repartido aqui. Uma parábola extremamente rica.

    Observei também nesta parábola do bom samaritano, que o "doutor na lei" agiu como o mancebo de qualidade em Mateus 19:16 ao 26, onde o mancebo também questionou Cristo acerca da vida eterna, e como ele devia proceder para alcança-la; e Cristo como sempre foi maravilhosamente sábio na resposta: Redarguiu no entendimento "deles"!
    E assim como o doutor na lei, o mancebo também procurou se justificar.

    Observei outra semelhança entre o mancebo de qualidade e o sacerdote e levita mencionados nesta parábola do bom samaritano: eles apenas guardavam os mandamentos, e não transferiam/vendiam, ou seja, eram egoístas/soberbos, pois não haviam aprendido de Cristo a repartir o Pão/Palavras de Cristo/Amor.

    Observei na parábola do bom samaritano, que o samaritano deu dois dinheiros ao hospedeiro (lembrei da recomendação que o Espírito Santo de Deus nos dá em Lucas 3:11 - "repartir a túnica").

    Quanto a sair de Jerusalém para ir á Jericó, lembrei-me de Lucas 4:9 ao 12: Não desça de Jerusalém tentado pelo diabo; não saía da Habitação da Paz em busca de uma falsa paz temporal (João 14:27-27); resista a tentação como o Mestre resistiu e rejeitou, pois se sairmos de Jerusalém, colocamos nossa alma em perigo. Nosso exemplo é Cristo, logo, se o Mestre rejeitou as ofertas do diabo/mentira, somos recomendados a rejeitar também (Mateus 10:24-25). Assim como Cristo não manchou o leito sagrado, que nenhum de nós manchemos por ninharias carnais/materiais desta vida que acabam (Hebreus 13:4).

    Quanto ao azeite e vinho, observe a grandiosidade em Salmos 104:15.

    Obrigado por repartir este Pão (I Tessalonicenses 5:11).

    EMANUEL!

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    1. Amém irmã! Excelente Pão tens repartido conosco. Grata!

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